sábado, 12 de novembro de 2011


SONETO DAS FLORES
(VIRGÍLIO NASCIMENTO)
Pra não dizer que não falei das flores, falo com ardor,
Falo das rosas escarlate, alteadas, ostentando sua cor,
Da Rosa mulher, Rosa pálida, Rosas perfume, Rosa flor,
Rosa flor do prado, rosa branca carmesim, Rosa do amor!
II
Ressalvo as flores do campo, o miosótis e do jasmim,
Dos jasmins -dos –açores inalando a doce fragrância,
E os miosótis, que dizem não se esqueçam de mim,
Contíguos nos jardins patenteiam a sua elegância!
III
Olho as tulipas, meiga flor solitária de cor matizada,
Da flor de Acácia, a flor de Belém, a terna flor mimada,
Recordo-me das orquídeas a ornamental flor plumada!
IV
Lembro-me das flores como uma elucidação aquecedora,
Que adorna e perfuma a vida tornando-a mais encantadora,
Como uma alfazema aromatizante de uma paixão sedutora!

Passado, Presente, Futuro
(José Saramago)

Eu fui. Mas o que fui já me não lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais.
Tão marcados de tempo e macaréus.

II

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu quanto podia,
O ar dum outro mundo a rebentou.

III

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim - assim!

SONETO DA FELICIDADE
(VIRGÍLIO NASCIMENTO)
Felicidade é poder apreciar a cor escarlate das rosas,
Usufruir da fragrância almíscar dos miosótis e jasmins,
Seduzir-se com aos gracejos da vida recitada em prosas,
Deslumbrar-se com a beleza ímpar das flores dos jardins!
II
Felicidade é desfrutar com amor do aconchego do lar,
Ver estampado no rosto, o sorriso ledo de uma criança,
Sustentar sua prole com o coração fendido para amar,
Deixar fluir a paz buscando aos anelos da esperança!
III
Felicidade é ter a vida abundante de galhardia e amor,
Aplacar do peito a odiosidade nefastas que citam a dor,
Contagiar-se com júbilo e viver com lampejos de fulgor!
IV
Felicidade é apartar da alma o deploro sombrio da aflição,
Enxotar a tristeza e saborear os enlaces afetivos da paixão!
Sentir os rumores juvenis remanescentes em nosso coração!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A VIDA







VIDA, não sei se é um adjetivo, pois mostra-nos a qualidade do amor de DEUS, por nós;

Ou será um número, pois nos retrata a quantia exata de um tempo ou período que temos para cumprir nossa missão;

Quem sabe um verbo de ligação, que nos mantém unidos e dependentes do amor do próximo;

Seja lá um substantivo, comum, abstrato ou próprio, nos dá um nome, o qual nos faz diferentes entre os demais seres;

Não importa a figura de linguagem a qual se enquadra, o importante é que ela é o retrato da nossa personalidade, como também, um presente que nos foi conferido para desfrutarmos e apreciar sua beleza e grandeza;

No entanto devemos relatá-la de forma expressiva e valorosa, para que todos possam ouvir a expressão da natureza que ela representa, devemos vivê-la, para que o mundo conheça nossa história;

E A VIDA deve ser vivida, de forma que o mundo a veja, não como um simples fato, mas sim como uma poesia, uma história;

Contada, “EM PROSA E VERSOS!”

BY VIRGÍLIO NASCIMENTO